SESSÃO CINE EM GRUPO II
O segundo encontro, novo filme,
novas aprendizagens.
Desta vez, 09/04/13, o filme
inspiração foi A Festa de Babette.
Público atento, roda de conversa
bastante animada, relações borbulhando, conceitos, imagens, e a tarefa do
grupo: O Cuidado com as equipes
profissionais.
Perguntas surgidas: Como atrair os
componentes da equipe, como envolvê-los?
Como os coordenadores de equipes profissionais encaminham o processo de
realização da tarefa grupal?
O grupo trabalhou maravilhosamente
bem e foi desvendando conceitos importantes para obter esse cuidado:
Operatividade – promover a ação daquele
que precisa agir;
ECRO – Esquema
Conceitual Referencial Operativo;
Mito
– elementos que mantêm as equipes equilibradas, mas fechadas para o novo;
Equipes Profissionais – rede interativa
voltada para a tarefa do grupo;
O papel
do coordenador – uma forma de coordenar é ter tolerância, confiar que a
equipe pode descobrir as ferramentas para resolver os problemas; provocar a
equipe, intervir por meio de atitudes operativas para que as distintas opiniões
possam ser ouvidas, para que as diferenças emerjam e para que surjam novas
possibilidades a partir da articulação dessas diferenças;
Dilema – o conflito que dissocia e não permite que o grupo busque
soluções e que pode gerar algumas atitudes obstaculizadoras frente às
situações: negação das diferenças (faz de conta que não existem), separação das
diferenças (é ou não é) não aparecem outras possibilidades, ou ainda, a
conciliação forçada (na qual tudo parece estar resolvido sem estar);
Conflito – o movimento que surge com a
emergência dos opostos, das distintas posições e percepções e que permite a
articulação destes para o avanço do grupo. Quando todos se colocam a construção
realizada é do grupo e não vem pronta para apenas ser engolida;
Enquadramento – organizar a tarefa,
fazer combinados quanto ao tempo, ao espaço, à tarefa, aos papéis e ao
reconhecimento dos participantes da equipe.
O interessante foi que além de
assistir ao filme, discutir as relações que algumas pessoas puderam fazer com
suas equipes, esse grupo viveu os medos e as ansiedades que surgem diante do
novo, experimentou uma coordenação operativa, teve a possibilidade de aproximar
de conceitos novos e de articular saberes e não saberes.
A Festa de Babette mostrou para o
grupo uma forma de coordenação na qual aquele que coordena não precisa ficar no
centro para garantir que a equipe aprenda, desenvolva-se e trabalhe. Além
disso, também trouxe a possibilidade de uma, certa, delicadeza associada á
firmeza na forma de promover a mudança.
Foi uma noite e tanto, na qual o
grupo diante da proposta de, com uma palavra, dizer algo que aprendeu nessa
noite, respondeu: descoberta, atitude de ocupação, mediação, tolerância,
reelaboração, mudança de comportamento, aceitação, dar o melhor de si, tempero,
cuidado, dentre outras.